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“As vinhas da ira” (1939) é o romance considerado a principal obra do escritor norte-americano, John Steinbeck.
Obrigados, pela seca e pelos bancos, a deixarem para trás os campos de algodão arrendados em que trabalhavam em Oklahoma, a família Joad parte, em estado de absoluta pobreza, em busca de emprego como boias-frias, nas plantações de frutas, do Vale de Salinas, na Califórnia.
Narrando a epopeia dos Joad, o autor pinta um retrato negativo do capitalismo, expondo os confrontos entre indivíduo e sociedade, num cenário da América muito debilitada pela Grande Depressão dos anos que sucederam a quebra da Bolsa de Valores de 1929. O autor defende que um indivíduo só passa a ter valor coletivamente e a sobrevivência só é possível quando há solidariedade.
O romance baseou-se nos artigos de jornal que o próprio Steinbeck escreveu sobre os trabalhadores agrícolas itinerantes na Califórnia, e da exploração a que esses trabalhadores eram submetidos. Grande parte do valor da obra decorre exatamente da veracidade desse trabalho de pesquisa do autor, seguindo a trajetória de diversas famílias de perto.
A obra fez grande sucesso de público, mas o escritor foi acusado de comunista e teve sua obra queimada publicamente e proibida em alguns estados. Além de ter sido investigado pelo FBI, a Receita Federal o manteve na alça de mira por anos.
O livro foi rapidamente adaptado para o cinema em 1940, dirigido por John Ford e estrelado por Henry Fonda. O filme, entretanto, teve a retirada de certos trechos polêmicos e sofreu significativas alterações, principalmente no desfecho. Mesmo assim, foi aclamado pela crítica.
Uma nova versão teria sido filmada por Steven Spielberg, mas está em litígio acerca dos direitos autorais do autor.
Aguardemos!
Apesar de profunda, a leitura é fluida e fácil. “As vinhas da ira” é uma leitura essencial. Não apenas por ser uma obra-prima, mas pelas reflexões que ela promove.
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