“Orlando” é uma biografia que apresenta a história de personagem homônimo ao longo de mais de 300 anos de sua história, que inicia-se em meados do século XVI até o início do século XX (11 de outubro de 1928). Orlando perpassa todos estes anos sendo inicialmente um aristocrata em uma propriedade rural, tornando-se embaixador na Turquia, onde o personagem sofre uma inesperada mudança de sexo, até retornar a Inglaterra onde desenvolve sua habilidade de escritor e conhece as sensações distintas ao se habituar em ser do sexo oposto.
Ao contrário de obras como “O Quarto de Jacob”, “As Ondas”, “Ao Farol”, “Orlando” não é escrito utilizando o Fluxo de Consciência, o que facilita sua compreensão e a concatenação lógica da história.
Sem dúvida é um belo “presente” ao ser dedicado a Vita, sua paixão que à época trocou Virginia Woolf por outras amantes. Mostra não apenas um meticuloso conhecimento da aristocracia britânica, mas um acurado conhecimento da sociedade inglesa.
As críticas à sociedade a qual Virgínia Woolf está inserida, muitas das quais ainda são atuais na contemporaneidade, são descritas de maneira pungente, clara, mas não sem um pouco de sátira. Orlando apresenta uma faceta de Virginia não-aparente em suas demais obras.
“Nenhuma paixão é mais forte, no coração do homem, do que o desejo de obrigar os outros a acreditarem no que ele acredita.”
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