John Fowles

por | 19/06/2018 | Biografias | 0 Comentários

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John Fowles posa em sua casa em Lyme Regis, Dorset, em 1985, sentado em uma arvore de casaco bege calcas cinza, um lenço no pescoço.

John Fowles em sua casa, Dorset, 1985. Foto: David Levenson

John Fowles (1926-2005) foi um romancista, contista, poeta e ensaísta inglês, posicionado pelos críticos entre o modernismo e o pós-modernismo.

Em Oxford, teve contato com o existencialismo francês de Albert Camus e Jean-Paul Sartre.

Escreveu diversos romances entre 1952 e 1960, mas por considerá-los incompletos ou muito longos, nem os encaminhou para qualquer editora. Ainda em 1960 escreveu, em 4 semanas, “O colecionador“. Depois de revisá-lo por 2 anos, o livro foi publicado em 1963, sendo imediatamente aclamado pela crítica e pelo público. A partir daí, Fowles passou a se dedicar exclusivamente à literatura. Lançado nos cinemas em 1965, foi indicado a três Oscar: melhor atriz, Samantha Eggar, melhor diretor, William Wyler, e melhor roteiro adaptado, Stanley Mann e John Kohn.

Elizabeth Fowles, John Fowles e a filha de Elizabeth Anna Christy, nos arredores de Underhill Farm, Lyme Regis, Dorset, verão de 1966. eles estão abraçados, a essa esta de vestido e segura uma bolsa e esta com um lenço na cabeça, Fowles esta de casaco es a filha esta com um vestido listrado. eles estão no campo.

John Fowles em família, Dorset, 1966. Foto: Fred Porter

Em 1965, publicou “The Magus”, romance que levou uma década escrevendo. É uma obra que remete à Odisseia, de Homero, e A Tempestade, de Shakespeare.

“A mulher do tenente francês” (1969) foi o romance comercialmente mais bem sucedido de Fowles. Ambientado no século XIX, na Inglaterra vitoriana, narra de uma forma não convencional uma história de paixão, pecados e loucura. O romance foi adaptado para o cinema em 1981, estrelado por Meryl Streep e Jeremy Irons. A adaptação foi indireta, já que se baseou na peça de Halron Pinter, baseada no romance de Fowles.

Depois do sucesso de seus três primeiros romances, a crítica passou a vê-lo como uma estrela na literatura britânica. Entretanto, não repetiu o sucesso com mais nenhuma obra posterior. Apesar disso, continua a ser até hoje, um autor cultuado por suas primeiras obras.

A década de 1970, trabalhou em uma variedade de projetos literários – incluindo uma série de ensaios sobre a natureza – e em 1973 ele publicou uma coleção de poesias, “Poemas”. Ele também trabalhou em traduções do francês, incluindo adaptações de Cinderela e da novela Ourika. Sua tradução da história de Marie de France, no século XII, Eliduc, serviu de inspiração para a Torre Ebony, uma novela e quatro histórias curtas que apareceram em 1974.

Além de The Aristos, o autor escreveu uma variedade de peças de não-ficção, incluindo muitos ensaios, resenhas e revisões para romances de outros escritores. Ele também escreveu o texto para várias compilações fotográficas, incluindo Shipwreck (1975), Islands (1978) e The Tree (1979).

Todos nós queremos coisas que não podemos ter. Para que nos consideremos decentes precisamos aceitar isso”

Em 1968, Fowles  decidiu viver na costa sul da Inglaterra, na pequena cidade portuária de Lyme Regis (o cenário da mulher do tenente francês). A primeira biografia abrangente sobre ele, “John Fowles – Uma Vida em Dois Mundos”, foi publicada em 2004.

John Fowles faleceu em 5 de novembro de 2005 após uma longa doença nunca especificada.

 

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Mariana Gago

Advogada e entusiasta do papel transformador dos livros. Idealizadora e editora do projeto Recanto da Literatura.

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