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“O Original de Laura”, publicado no Brasil pelo selo Alfaguara, do Grupo Companhia das Letras, é o romance em que Vladimir Nabokov estava trabalhando à época da sua morte, em 1977. Internado num hospital na Suíça, ele deixou instruções a seus herdeiros para que destruíssem o manuscrito incompleto do livro. Sua família, entretanto, hesitou em levar adiante seu desejo e durante 30 anos o material foi guardado a sete chaves.
Em 2009, o filho de Nabokov, Dmitri, anunciou os planos para publicar a obra como o grande evento literário do ano.
É, sem dúvida, um texto com muitas lacunas e com a publicação veio uma resposta muito negativa da crítica pela qualidade da obra e decisão de publicá-la naquele estado – “as demandas do mundo literário versus os direitos póstumos de um autor sob sua arte”. Em contrapartida, outros especialistas consideraram a publicação “um presente generoso para os leitores […] cheia de inteligência sagaz e imagens memoráveis”.
O livro é uma narrativa fragmentada, em que são apresentadas as reproduções de cada uma das 138 fichas escritas a mão, com sua letra miúda e suas rasuras, acompanhadas de suas respectivas transcrições. Assim, o leitor pode perceber em cada ficha o fluxo de pensamento do autor, seu processo criativo e a escolha de palavras que vão compondo uma história de amor, morte, adultério e indiferença.
O livro narra uma história dentro da história. A personagem principal é Flora, que é uma mulher casada, que despreza seu marido e se envolve em casos amorosos, sem nem escondê-los. Um de seus amantes, que relata a sua história em um livro a chama de Laura.
Declaração para os apaixonados por livros: não rabisquei a capa. É um trabalho do designer Warrak Loureiro.
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