Publicado anonimamente pela primeira vez em 1917, Homens em guerra é uma das grandes obras-primas da literatura publicadas durante a Primeira Guerra Mundial. O livro é composto por seis contos que trazem um relato pungente e ao mesmo tempo poético do horror, da loucura e do absurdo do conflito em curso.
Muitas das cenas descritas foram vividas pelo autor, Andreas Latzko (1876-1943), húngaro de expressão alemã que atuou como oficial do Exército Real do Império Austro-Húngaro. Lançado na Suíça, onde o autor se recuperava de traumatismos sofridos no front, o livro foi traduzido em várias línguas e prontamente censurado nos países envolvidos no conflito. Latzko foi identificado como autor e destituído de seu posto militar. O livro tornou-se um dos principais libelos dos militantes pacifistas na Europa.
Sobre a recepção de Homens em guerra, o escritor austríaco Stefan Zweig relatou: “Soltamos um grito de alegria: a verdade, acorrentada, tinha rompido suas correntes, suplantou as cem barricadas da censura, foi ouvida no mundo inteiro! Esperamos pelo livro, o livro proibido que os guardas espreitavam vigilantemente nas fronteiras para que não viesse envenenar a mentira tão bem cuidada pelo grande entusiasmo”.
O design da coleção é assinado pelo Bloco Gráfico, constituído por Gabriela Castro, Gustavo Marchetti e Paulo André Chagas. Os livros têm acabamento em brochura, formato 13×20 cm, e utilizam papéis especiais e certificados: o sueco Munken Print Cream 80 g/m2 no miolo e o escocês Pop Set Black 320 g/m2 na capa. Outro detalhe do volume é a inclusão de um fitilho bordado com o logo do Acervo.