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Chinua Achebe (1930-2013) foi um dos autores africanos mais conhecidos e aclamados do século XX, foi também crítico literário, poeta e romancista, considerando pai da literatura nigeriana.
Foram as histórias contadas em casa que alimentavam sua ânsia pela escrita. Dizia que quando pensava nessas histórias, em tom saudoso, podia vê-las. Seu medo, como disse tantas vezes, era de, no meio de tantas histórias, das histórias dos outros, não encontrar seu caminho e ter a sua própria história.
Criou uma narrativa fortemente marcada pelas suas origens, numa forma de ganhar e preservar sua identidade pessoal e de um continente, pela pluralidade de vozes, tragédias e sonhos.
Ao longo de sua prestigiosa carreira, o escritor tomou para si a missão de apresentar ao mundo a perspectiva do seu povo, acreditando que o trabalho de quem escreve não se limita aos livros. Com a capacidade de passar para a escrita a tradição da oralidade, pode dizer-se que na sua obra se situa um dos embriões da literatura moderna africana.
Sua principal obra foi exatamente o seu romance de estreia, “O mundo se despedaça” (1958). Seguiram-se outros romances – “A flecha de Deus” (1964),” A paz dura pouco” (1960), “Um homem popular” (1966) e “Formigueiros da Savana” (1987) – e mais de uma dezena de livros de ensaio ou poesia. Seu legado está refletido na influência sobre autores africanos, como Teju Cole ou Chimamanda Ngozi Adichie.
Em 1990, Achebe sofreu um grave acidente de carro que o deixou irreversivelmente paraplégico. Sua motivação para escrever e lecionar, no entanto, manteve-se intacta.
Mesmo considerado um dos mais influentes escritores de língua inglesa, Achebe morreu aos 82 anos, sem Nobel, mas com um legado que continua a pôr a Nigéria em destaque na geografia da literatura.
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