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Charles Bukowski (1920-1994) foi um poeta, contista e romancista estadunidense, nascido na Alemanha. Ficou conhecido no mundo inteiro como “Velho Safado”.
Nascido numa família imigrante e pobre, chegou aos Estados Unidos aos 3 anos de idade. Desde cedo, sofreu com abusos físicos e psicológicos infligidos por um pai preconceituoso, frustrado, autoritário e violento. Acabou por se envolver, ainda na adolescência, com duas coisas que marcaram a sua vida: o álcool e os livros. Foi expulso de casa por causa de seus escritos e trabalhou como faxineiro, frentista, motorista de caminhão e carteiro.
Vivendo boa parte de sua vida na parte miserável de Los Angeles, sua obra, de estilo direto, coloquial (até vulgar e explícito) e autobiográfico, retrata essa realidade – a antítese do “american way of life” -, recheada com bebida, cigarros, corridas de cavalo, aproveitadores e mulheres.
Em 1971, no seu livro “Cartas na Rua”, surge seu mais famoso personagem – seu alterego Henry Chinaski, que protagoniza todos seus romances, com exceção de “Pulp” (seu último trabalho, escrito em 1994). “Misto-quente” (1982), considerada a sua principal obra, narra a infância pobre do seu alterego durante os anos de resseção no pós crise de 1929.
Sem preocupações com as consequências dos seus escritos quase não fictícios, acabou por colecionar inimigos e ex-amigos por críticas abertas, que, por vezes, nem tinham seus nomes preservados.
A diferença entre a Arte e a Vida é que a Arte é mais suportável.”
Fê Cardoso, do blog Baseado em Livros, traz um ponto muito interessante: “A grande questão aqui […] é não deixar a obra tornar-se um modelo no qual baseamos nosso comportamento, e sim algo com que é possível problematizar questões sociais, como racismo, misoginia e tantas outras. […] Precisamos ter contato com outras realidades para que possamos formar uma opinião, e a melhor forma disso acontecer é através da literatura.”
Para o filósofo francês Jean-Paul Sarte foi “o maior poeta da América”: menção provavelmente inventada pelo próprio Bukowski. O fato é que ele contribuiu para criar-se o mito em torno de seu nome.
Cultuado por muitos e odiado por outros… vale a pena ser lido.
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