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Jorge Amado (1912-2001), um dos ícones da literatura brasileira, é o autor mais adaptado do cinema, teatro e televisão nacionais e também um dos mais traduzidos no mundo (quase 50 idiomas).
Em 1931, publicou seu primeiro romance “O País do Carnaval”, um sucesso de público.
Já no Rio de Janeiro, conheceu Rachel de Queiroz e se aproximou do comunismo, filiando-se ao PCB. Foi preso em 1936 por motivos políticos.
Preso novamente em 1938, seus livros foram considerados subversivos e seus exemplares foram queimados em Salvador.
Com forte preocupação político-social e sem temer críticas, sua obra expunha, com realismo os cenários baianos – miséria, coronelismo, opressão dos trabalhadores, seca – sendo um dos grandes representantes da literatura regionalista, que marcou o Segundo Tempo Modernista.
Foram 49 obras. Se destacam: “Mar Morto” (1936), “Capitães da Areia” (1937), “Gabriela, Cravo e Canela” (1958), “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1966),“Tenda dos Milagres” (1969), “Tereza Batista Cansada de Guerra” (1972), “Tieta do Agreste” (1977).
Precoce, aos 10 anos criou o jornal “A Luneta”. Aos 14, dirigiu dois jornais, “A Pátria” e “A Folha”. Sua primeira obra foi a novela “Lenita” (1929), escrita sob pseudônimo de Y. Karl.
Ingressou na Academia Brasileira de Letras, em 1961, e foi laureado com inúmeros prêmios, como os destacados Prêmio Camões, em 1994, e o Prêmio Jabuti, em 1959 e em 1995.
Mesmo tendo seu nome cogitado inúmeras vezes para o Prêmio Nobel de Literatura, chegou a perder, em 1988, por apenas dois votos, para Nagib Mafous, o primeiro escritor de língua árabe a receber o prêmio.
Afirmava que não nasceu para ser famoso, apenas para ser homem e escritor. “Não escrevo para receber prêmios, outros motivos me inspiram e me ordenam, não receber o Nobel não me aflige, nunca pensei merecê-lo”. Segundo sua biógrafa, Joselia Aguiar, “Jorge Amado tinha pacto com leitor, não com intelectuais”.
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