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Foto: reprodução

William Faulkner (1897-1962) é considerado um dos maiores escritores estadunidenses do século XX.

Nascido no Mississippi, Faulkner foi criado em meio à decadência social, política e econômica do sul dos Estados Unidos, que ainda sofria as consequências da derrota na Guerra de Secessão. Esse ambiente é o pano de fundo de sua obra.

Seus contos e romances, ambientados em grande parte no Condado fictício de Yoknapatawpha, são expoentes do estilo gótico sulista, que usa as ferramentas góticas para explorar questões sociais e culturais, muitas vezes através do desespero ou da loucura.

Embora seus trabalhos tenham sido acalmados pela crítica, apenas duas obras foram bem recebidas pelo público, “Santuário” (1931) e “Os desgarrados” (seu último romance, 1962). Talvez em decorrência do estilo desafiador de sua narrativa, que utilizava a técnica do fluxo de consciência, mas não raramente alternando narradores e tempos narrativos.

Vários de seus romances se destacam entre os clássicos da literatura americana, como “O som e a fúria” (1929, pra muitos sua obra-prima), “Enquanto agonizo” (1930), “Luz de agosto” (1932) e “Absalão, Absalão!” (1936).

Aclamado com o prêmio Nobel de Literatura em 1949 e dois Pulitzer de Ficção (1955 e 1962). O autor tinha hábitos e manias estranhos, quase tão famosos quanto sua obra. Como exemplo, recusou um convite para jantar com a primeira-dama, Jacqueline Kennedy, porque “era uma viagem muito longa só para comer”.

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