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Juncos ao vento

Juncos ao vento

Segunda mulher a ganhar um Nobel de Literatura (1926), Grazia Deledda (1871–1936) é um dos principais nomes da literatura italiana do século XX. O realismo decadentista de seu texto retrata e se alimenta da Sardenha, sua terra natal. A singularidade da região abriga a dureza da vida de personagens em um ambiente marcado pela beleza da natureza, pobreza, religiosidade e folclore que perpassam mais de 30 romances e inúmeros contos.

Lasca

Lasca

Escrito em 1923 pelo russo Vladímir Zazúbrin (1895-1937), Lasca só veio a público em 1989, graças às reformas liberalizantes da glásnost de Mikhail Gorbatchov. Com isso, seu período de proibição tácita quase coincidiu com a existência oficial da União Soviética (1922-1991). Nada mais significativo, já que o romance, publicado agora pela primeira vez no Brasil pela CARAMBAIA, revela o aparato de terror e extermínio das forças de segurança soviéticas já nos primeiros anos após a Revolução Comunista de 1917. Com o recrudescimento do regime, o próprio Zazúbrin viria a ser fuzilado no auge da repressão stalinista.

Memórias póstumas de Brás Cubas – Coleção Acervo

Memórias póstumas de Brás Cubas – Coleção Acervo

“Uma sondagem da alma, uma subjetividade expandida e maluca, como se a mente volúvel e delirante não pudesse sair de um redemoinho.” Assim se refere o escritor Milton Hatoum a Memórias póstumas de Brás Cubas no posfácio escrito especialmente para a edição da obra-prima de Machado de Assis (1839-1908) preparada pela CARAMBAIA. Com essas palavras, Hatoum traduz o impacto desconcertante que o romance mantém desde que foi publicado, em 1881. A literatura brasileira nunca produzira nada semelhante, e com Memórias póstumas o autor passou de escritor acima da média a gênio – e maior nome da literatura brasileira – reconhecido em seu próprio tempo.

Nas profundezas

Nas profundezas

J.-K. Huysmans (1848-1907), com o romance Às avessas (À rebours, 1884), tornou-se o escritor máximo do decadentismo francês, o movimento de reação ao naturalismo e à sociedade tecnológica de massas que se anunciava no final do século XIX. Em seu romance posterior, Nas profundezas (Là-bas, 1891), que a CARAMBAIA publica agora no Brasil em tradução inédita de Mauro Pinheiro, o escritor voltou-se para um assunto que desafiava a racionalidade científica e vinha despertando interesse entre alguns setores da sociedade francesa: o satanismo. “Que época estranha!”, observa um personagem. “Justamente no momento em que o positivismo atinge seu auge, o misticismo desperta e têm início as loucuras do oculto!”

Novelas trágicas

Novelas trágicas

A primeira singularidade das Novelas trágicas é que são textos do Marquês de Sade (1740-1814) destituídos de descrições de atos sexuais e torturas. Foram escritos entre 1787 e 1788, enquanto ele estava preso na Bastilha, onde se originaram também algumas de suas obras libertinas mais conhecidas, como 120 dias de Sodoma. Ao que tudo indica, Sade escreveu essas novelas em busca de reconhecimento literário e para tentar convencer seus leitores de que não era o autor de livros obscenos que circulavam clandestinamente e sem assinatura. O projeto de narrar histórias “contidas nas regras do pudor e da decência” rendeu dezenas de novelas, das quais onze foram publicadas apenas em 1799, com o título de Crimes do amor: novelas heroicas e trágicas. O volume é composto por cinco textos, além do ensaio que Sade escreveu sobre a história e as características do gênero romance, que serviu como prefácio ao conjunto original.

O músico cego – Coleção Acervo

O músico cego – Coleção Acervo

Em O músico cego, sua obra mais conhecida, Vladimir Korolenko (1853–1921) conta a história de Piótr Popélski, garoto que nasce sem enxergar. A novela mostra a trajetória do menino, suas sensações e reações, entre a luz e a escuridão, e sua sensibilidade e aptidão em relação à música. A narrativa, delicada, foi assim avaliada pelo crítico russo Alexandre Skabitchevsky: “O músico cego é a última palavra da perfeição, uma das obras mais admiráveis com as quais o mundo literário já pôde contar. Impossível pensar em um tema tão simples, com menos artifícios, e ao mesmo tempo uma análise psicológica mais profunda”.

Pirandello em cinco atos

Pirandello em cinco atos

Pirandello em cinco atos reúne cinco peças de Luigi Pirandello (1867-1936), um dos mais importantes escritores italianos do século XX: O torniquete, Limões da Sicília, A patente, O homem da flor na boca e O outro filho. Os textos, todos de ato único, foram criados a partir de histórias que o autor, prêmio Nobel de Literatura de 1934, havia escrito anteriormente sob o formato de novelas. Reconhecido pela genialidade de sua produção literária em prosa, foi no teatro que o escritor siciliano levou às últimas consequências as tensões entre fato e ficção, marca fundamental de sua obra.

Salões de Paris – Coleção Acervo

Salões de Paris – Coleção Acervo

Salões de Paris traz uma seleção de 21 crônicas escritas por Proust e publicadas na imprensa francesa, principalmente no jornal Le Figaro, mas também em periódicos de curta duração como o Le Mensuel (que circulou entre outubro de 1890 e setembro de 1891) ou revistas especializadas, como a Revue d’Art Dramatique (1886-1909) ou a Revue Blanche (1889-1903).

Soldados rasos – Coleção Acervo

Soldados rasos – Coleção Acervo

Soldados rasos foi publicado pela primeira vez na Inglaterra em 1929 e no ano seguinte, com cortes, livre de palavrões e demais expressões consideradas chocantes para a época. Ambas as versões foram assinadas por “Soldado 19022”, identificação militar recebida pelo escritor australiano Frederic Manning (1882-1935) durante sua participação na Primeira Guerra Mundial.

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