Uma aventura sem igual no nosso idioma. Um livro inacabado e inacabável. A estética da fragmentação e da desconstrução elevada às últimas consequências. Uma obra-prima do modernismo literário.
O Livro do Desassossego, o diário de um empregado de um escritório de Lisboa, já foi descrito de inúmeras maneiras. Não é um romance e tampouco uma autobiografia, embora certamente contenha muito da intimidade do autor, Fernando Pessoa. Não é poesia. E tampouco é lido como prosa.
Renata de Alcântara Stuani
Jornalista paulistana, trabalhou em Veja e Agência Estado em São Paulo e foi assessora de comunicação do governo federal em Brasília. Morou em Portugal e no Peru. Iniciou percurso literário com poemas publicados em antologias de Brasil e Portugal.
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Coral e outros poemas
Assim chega às minhas mãos a antologia da Companhia das Letras com a foto da bela autora na capa: “Sophia de Mello Breyner Andresen: Coral e Outros Poemas”. O livro é um apanhado do desenvolvimento artístico da poetisa em ordem cronológica, com escritos que vão dos anos 1940 até os póstumos.
Brasil redescobre a poesia da portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen
Sophia, simplesmente Sophia. Em Portugal, até as crianças do ensino básico sabem de quem se trata. Consagrada em seu país, a escritora e poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen (Porto, 1919-Lisboa, 2004) é autora de clássicos infantis, como “A Fada Oriana” e “A Menina do Mar”, além de contos e ensaios.