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“A Mão Esquerda da Escuridão” (1969), escrito pela autora estadunidense, Ursula K. Le Guin, é considerado não só um dos mais importantes livros de ficção científica, como uma obra-prima da literatura moderna.

A narrativa se passa no Planeta Inverno, um gélido mundo habitado por seres andróginos, que podem assumir a forma masculina ou feminina, não havendo qualquer discriminação de gênero. Genly Ai, o protagonista, é um emissário que chega a este planeta para convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal.

Neste contexto, a obra propõe temas atemporais e polêmicos como gênero, feminismo e alteridade.

A mão esquerda da escuridão, vencedor dos prêmios Nebula e Hugo. Foto: Acervo Recanto da Literatura

A obra faz parte do Ciclo de Hainish, uma série de romances e contos que não seguem uma ordem cronológica e são histórias independentes, mas que são ambientados no universo de Hainish, apresentado pela autora no conto, “The Dowry of the Angyar” (1964). Alguns deles se pode ordenar:
1. Os despossuídos, 1974;
2. Floresta é o nome do mundo, 1976;
3. O mundo de Rocannon, 1966;
4. Planeta do exílio, 1966;
5. A cidade das ilusões, 1967;
6. A Mão esquerda da escuridão, 1969;
7. O dia do perdão, 1995;
Outros livros do ciclo não são precisamente situados cronologicamente: “As Doze Moradas do Vento” (1975), “Um Pescador do Mar Interior” (1994), “O Relato” (2000) e “O Aniversário do Mundo” (2002).

Segundo o Alicia Volta, em www.cubogeek.pt: “[…] não aparecem nela monstros devoradores ou esquadrões de ovnis a destruir cidades. […] há nesses relatos uma galeria de horrores que identificamos imediatamente como muito humana: há ditaduras e revoluções, violência, tortura, prisão e morte, ganância, mentiras, sede de poder, medo ao desconhecido e a quem é diferente”.

Ursula recebeu por este livro os prêmios Hugo e Nebula de Melhor Romance, considerados dois dos mais prestigiados prêmios literários da ficção científica e fantasia.

Essa edição da Editora Aleph está linda e conta com um prefácio do Neil Gaiman.

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