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“Foi mais ou menos nessa época que os nossos concidadãos começaram a inquietar-se com o caso, …, as fábricas e os depósitos vomitaram centenas de cadáveres de ratos”.
A Peste (1947), escrita pelo franco-argelino Albert Camus, é a história de um grupo de trabalhadores que se unem na luta contra a peste bubônica que ameaça dizimar a cidade de Oran, na Argélia, numa alegoria dos horrores da ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial.
Mas há ainda outros tipos de pragas que o romance invoca, como a de uma sociedade capitalista que incita o consumismo desmedido, mesmo não havendo recursos para todos.
Suas personagens, atormentadas pelo medo, dor e solidão causados pela peste, têm suas vidas emaranhadas em meio à crise e veem resgatados sentimentos de solidariedade, amor e compaixão, que há tempos estavam adormecidos.
Camus faz do romance uma crônica da condição humana e da primazia do coletivo sobre o individual.
Como mostra André Malraux, “nada melhor do que uma crise coletiva para revelar ao indivíduo acuado os valores não-individuais – políticos, éticos, metafísicos – que constituem sua preciosa individualidade”.
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