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“Agosto” (1990), romance policial de Rubem Fonseca (veja a biografia do autor no post anterior), é uma obra fictícia, que tem como pano de fundo um momento histórico da maior relevância para o Brasil.
Em agosto de 1954, o caos político está instalado no país. Diversos acontecimentos (como o atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, maior opositor do governo, conhecido como “Crime da Rua Tonelero”) culminam com o suicídio do presidente Getúlio Vargas, na ala residencial do Palácio do Catete, em meio a denúncias de corrupção e à pressão para renunciar.
A realidade se mistura à ficção quando o comissário de polícia Alberto Mattos, personagem (e alter ego?) de Fonseca, é colocado no caso do assassinato do milionário Paulo Gomes Aguiar, em sua própria residência.
O individualismo e o isolamento, em contraste com a vida de uma metrópole, sempre presentes na obra de Fonseca, aparecem marcadamente aqui na figura do protagonista e narrador, o comissário Mattos.
Com uma trama envolvente que reúne personagens reais e fictícios, o texto tem forte oralidade e prende o leitor do início ao fim.
Segundo o jornalista e escritor Fernando Morais, “’Agosto’ será consagrado, sem a mais remota de dúvida, como uma das melhores obras de nosso tempo. E como o melhor livro de Rubem Fonseca.”
Adaptado como minissérie produzida pela TV Globo em 1993, foi estrelado por José Mayer e Vera Fischer.
A minha edição é da Companhia das Letras, mas atualmente seus livros estão sendo publicados pela Editora Agir / Nova Fronteira.
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