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“Da prosa” é um box, com dois volumes, lançado em 2018, pela Companhia das Letras, que reúne pela primeira vez toda a produção ficcional de Hilda Hilst, apresentada em ordem cronológica.
São 11 obras, publicadas originalmente entre 1970 e 1997, no período que sucedeu quase vinte anos dedicados à poesia e um curto período de 3 anos dedicado ao teatro.
Destacamos três obras emblemáticas:
“Fluxo-floema” (1970) – marca sua estreia na ficção e é composto por cinco textos. Daniel Galera se refere, no posfácio, aos elementos autobiográficos do texto ‘O unicórnio’, mas que não se sobrepõem às características multifacetadas das personagens e ao senso de inadequação.
“A obscena senhora D” (1982) – é uma de suas obras mais aclamadas. Para Carola Saavedra a obra coloca em evidência algumas características da prosa hilstiana: o misticismo, o encontro entre o divino e o profano e a reinvenção da linguagem. ‘A mistura do mais poético com o mais mundano, o elevado e o obsceno’.
“Cartas de um sedutor” (1991) – publicado num momento em que ela estava desiludida sobre a vida literária, compõe a chamada “tetralogia obscena” juntamente com “Contos de Escárnio – Textos grotescos” (1990)”, “O caderno rosa de Lori Lamby” (1990) e “Bufólicas” (livro de poesia) – estas 4 obras já tinham sido publicadas juntas com o nome de “Pornô Chic” (2015), pela @editoraglobo. O ótimo texto de Alcir Pécora “Cinco pistas para a prosa de ficção de Hilda Hilst” aborda a questão do obsceno combatendo o senso comum que remete à pornografia exaltando “sua condição incontornável de composição literária”.
As demais obras são: “Kadosh” (1973), “Pequenos discursos. E um grande” (1977), “Tu não te moves de ti” (1980), “Com os meus olhos de cão” (1986), “Rútilo nada” (1993) e “Estar sendo. Ter sido” (1997).
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