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Decamerão, obra-prima de Boccaccio, é também conhecida com o subtítulo de Príncipe Galeotto. Foi escrita em dialeto toscano, entre 1349 e 1351 (ou 53) e é considerada o marco inaugural da prosa de ficção no Ocidente.
Quando Boccaccio começou a escrever a obra, a Europa tinha acabado de ser devastada pela peste negra de 1348. O seu avanço em Florença, que foi uma das mais atingidas pela epidemia, é descrito minuciosamente no introdução da obra.
Sua complexa estrutura é formada por cem novelas, divididas em “dez jornadas” (Decameron, no grego), onde os narradores são dez jovens que se isolaram para se proteger da peste. Cada jornada recebe o nome de uma das dez personagens, que exerce o seu reinado, e todos se revezam contando estórias relacionadas com o tema. Como exemplo, o tema da quinta jornada: “após sofrimentos, as pessoas que tenham amado encontram a ventura”.
O livro faz um retrato fiel da Idade Média, desafiando a Igreja e os costumes, tratando de assuntos como religiosidade e sociedade em um tom debochado.
Muitas das estórias narradas apresentam lições ou moral, mas não compõem um código moral coerente, muitas vezes são contraditórios.
Como muitas antologias dão muito destaque às novelas mais eróticas ou escabrosas, a obra acabou estigmatizada por essa percepção.
Esta minha edição é da Cosac Naify e reúne 10 novelas selecionadas e traduzidas por Maurício Santana Dias e é ricamente ilustrada por Alex Cerveny.
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