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“Dona Flor e Seus Dois Maridos”, obra publicada em 1966, é um dos romances mais famosos do escritor brasileiro Jorge Amado. No seu lançamento, com o autor já consagrado, foi sucesso de vendas imediato e teve grande repercussão internacional.
A obra é repleta de elementos da cultura popular baiana, e retrata a vida boêmia da Salvador dos anos 1940. Ela conta a história de Flor, uma professora de culinária, que, depois de viúva, casou novamente e conhece em seus dois casamentos subsequentes diferentes facetas do amor.
Seus dois maridos, Vadinho, morto, malandro e sedento por sexo e que só Flor enxerga, e Teodoro, vivo pacato e conservador, “convivem”, num estilo realismo fantástico, em um triângulo amoroso, que, numa narrativa bem humorada, simboliza a dualidade da sociedade brasileira nas relações entre compromisso e prazer, desejo e sensatez, alegria e seriedade, trabalho e malandragem.
Roberto da Matta, no posfácio desta edição da Companhia das Letras, qualifica o livro como “repleto da cotidianidade brasileira e denso de sensualidade” e diz que sua protagonista, Flor, “lê a sucessão e a simultaneidade de seus dois amores não só como conflito e oposição, mas principalmente como interdependência e complementaridade”.
Dona Flor e Seus dois Maridos não é um livro denso e com personagens extremamente complexos, mas é um livro que trata de cultura, do popular e o conceitual e principalmente da liberdade.
Os nomes escolhidos têm explicação: Florípedes ou Dona Flor é uma alusão ao desabrochar de uma flor. Valdomiro, ou Vadinho, um jogo de palavras para soar como vagabundo, da mesma forma que Teodoro e te adoro.
Adaptada também para o teatro e TV, fez sucesso no cinema em 1976, mantendo por 34 anos o título de maior bilheteria brasileira. O novo filme, de 2017, já não teve o mesmo sucesso.
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