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“Fahrenheit 451” (1953), escrito por Ray Bradbury (1920-2012), é um dos romances precursores do gênero distópico de ficção científica.
“Escrevendo Fahrenheit 451, eu pensei que estava descrevendo um mundo que talvez ‘aconteceria’ em 4 ou 5 décadas. Mas, há algumas semanas, numa noite em Beverly Hills, um casal passou por mim caminhando com seu cachorro. Eu fiquei olhando para eles, absolutamente pasmo. A mulher segurava, em uma mão, um rádio, em forma e tamanho mais ou menos de um pacote de cigarro, com uma antena balançando. Dele, saía um minúsculo cabo de cobre que terminava em um delicado fone em forma de cone ligado na sua orelha direita. E ela ia ‘voando’, sonâmbula, esquecida do homem e do cão, escutando à novela que tocava no rádio, guiada por seu marido que provavelmente não estava nem aí. Isso não era ficção.”
Alguém tem visto algo assim hoje em dia?
Escrito após a 2a Guerra Mundial, nos anos iniciais da Guerra Fria, o livro é uma crítica à opressão anti-intelectual nazista, mas também ao autoritarismo crescente do mundo pós-guerra.
O romance apresenta um futuro próximo onde os livros são proibidos, para coibir o povo instruído de se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só conhecem os fatos pela televisão e os leitores são internados em hospícios. Guy Montag, o protagonista, trabalha como “bombeiro” responsável por queimar os livros.
Embora as interpretações muitas vezes se concentrem na queima dos livros e na consequente eliminação de ideias “perigosas”, Bradbury declarou que sua obra não trata de censura: “Minha ideia era alertar contra os males da televisão”.
O livro nasceu a partir de um conto “Bright Phoenix” (1947), que depois se transformou na novela “The Fireman” (1951).
Fahrenheit 451 significa a temperatura da queima do papel (451°F, equivalente a 233°C).
Em 1966, foi adaptado para as telonas por François Truffaut.
Outra adaptação foi feita pela HBO, com Michael B. Jordan.
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