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Ficções (1944, título original, Ficciones) é uma coleção de contos de realidade fantástica, do escritor argentino Jorge Luis Borges. Minha edição é em espanhol da Vintage Books. No Brasil, quem publica Borges e tem uma coleção com capas lindíssimas é a Companhia das Letras.
O nome da obra é uma alusão à revista de mesmo nome, em que foram publicados a maioria dos seu contos. É considerado pela crítica uma das obras-primas da literatura latino-americana do século XX.
Em 1961, Borges recebeu, por essa obra, junto com Samuel Beckett, o Prêmio Formentor, atribuído por editores de França, EUA, Inglaterra, Alemanha, Itália e Espanha.
Se apresenta dividida em 2 partes: “O Jardim de Caminhos que se Bifurcam” (1941) e “Artifícios” (1944).
Para entender a força de Borges, vou reproduzir as declarações do professor de literatura Rafael Ottati @elrafa.lit, durante uma conversa depois que coloquei a enquete para eleger entre “Ficções” e “O Aleph”: “Foi muito difícil votar nessa enquete… ‘Ficções’ é o livro da minha vida, acho. Aquele que me mudou totalmente como leitor… e que me norteou como professor também. Mas O Aleph é tão impressionante que dá pena votar em um e não votar no outro.
“Ficções” fez muito sucesso. Uma das razões é sua pegada diferente do conto fantástico. Há contos que ‘explodem a cabeça’, como o “O Jardim de Veredas que se Bifurcam”. Mas há contos que rompem os limites entre a ficção e a não-ficção, como ‘Pierre Menard’, o qual tem formato de ensaio acadêmico.
Borges, que parece às vezes ter lido todos os livros do mundo, tem uma escrita que bebe nas fontes das Mil e Uma Noites. O seu teor fantástico causa espanto nos leitores, pela criatividade do escritor em imaginar aquilo e pelas reações dos seus personagens frente aquele absurdo.”
Se recomendo a leitura? Claro. Se suas cabeças vão explodir… não me responsabilizo, o Rafael avisou.
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