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“Menino de Engenho” (1932), romance de estreia de José Lins do Rego, junto com “Doidinho” (1933), “Banguê” (1934), “Usina” (1936) e “Fogo Morto” (1943), formam o que o autor denomina como Ciclo da Cana-de-açúcar – cinco romances que tem como tema central a decadente economia açucareira nordestina.
Com traços marcantes do modernismo e regionalismo na sua prosa, a obra é narrada em primeira pessoa, pelo protagonista-narrador Carlinhos, que conta sua trajetória desde a infância, quando vai morar com seus tios e seu avô, José Paulino, o coronel, no engenho da família, até seus 12 anos de idade.
“EU TINHA uns quatro anos no dia em que minha mãe morreu. Dormia no meu quarto, quando pela manhã me acordei com um enorme barulho na casa toda. Eram gritos e gente correndo para todos os cantos”. Assim começa o romance.
O cenário do livro são os engenhos do interior da Paraíba no período que segue o fim da escravidão, mas com certa continuidade da servidão nas relações de trabalho e pessoais. As secas, enchentes, superstições, a rotina do engenho, crise da atividade econômica, descobertas sexuais, amor e solidão… tudo isso é transmitido pela perspectiva de Carlinhos.
A publicação de primeira edição deste romance foi custeada pelo próprio Zélins.
As características autobiográficas da obra estão no cenário da infância de José Lins do Rego criado no engenho de seu avô materno. A ideia inicial de Zélins era escrever simplesmente a biografia deste seu avô.
Essas minhas edições são da Editora José Olympio, do Grupo Editorial Record.
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