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“Os Miseráveis” (1862), romance histórico de Victor Hugo sobre a miséria e as injustiças sociais, é uma obra-prima considerada por muitos como a maior do século XIX, faz uma crítica à sociedade francesa.
![](https://www.recantodaliteratura.com.br/wp-content/uploads/2020/01/DE23EEB0-5E95-46B1-9771-A3C4EBF54185-300x261.jpeg)
À esquerda, a capa da edição belga, da A. Lacroix, Verboeckhoven & Ce, publicada 3 ou 4 dias antes da edição francesa, da Pagnerre, de 3 de abril de 1862 (dir.). Fotos: Burnside Rare Books / Raptis Rare Books (veja outras capas de edições históricas aqui)
O livro começou a ser escrito em 1846, mas foi interrompido em 1848. Em 1851, o escritor retomou a escrita do romance e trabalhou em novos capítulos, diálogos e divagações até um ano antes da sua publicação, em 1862.
Victor Hugo hesitou muito tempo antes de escolher o nome da obra. Primeiro, pensou em ‘As misérias’ (les misères, em francês), depois cogitou ‘Jean Tréjean’, nome inicial do herói da narrativa e que depois passou a ser chamado de Jean Valjean.
A história passa-se no século XIX entre dois grandes momentos históricos: a Batalha de Waterloo (1815) e os motins de junho de 1832, em Paris. A obra é dividida em cinco volumes, que narram a vida de Jean Valjean, um condenado posto em liberdade, até sua morte. Em torno dele giram muitos personagens, cujas histórias se cruzam. Alguns deles se destacam: Fantine, Cosette, Marius, Thénardier e o inspetor Javert.
![mostra a lombada do livro, bem grosso, preta com letras brancas, deitado sobre uma agenda, também preta com uma xícara transparente de café, apoiado sobre ele. estão sobre uma superfície preta brilhante e, ao fundo, aparece um encosto de poltrona de couro preta.](https://www.recantodaliteratura.com.br/wp-content/uploads/2020/04/IMG-4466-300x300.jpg)
Edição em capa dura e volume único da Cosac & Naify. Foto: Acervo Recanto da Literatura
A obra traz embutida uma crítica à desigualdade social e à miséria, descrevendo de forma viva a injustiça do país na época. Criticando também o relacionamento conflituoso com o Estado, tanto pela atitude arbitrária da polícia quanto à obsessão pela justiça.
O romance teve grande divulgação antes mesmo do lançamento. Mesmo com enorme sucesso entre o público (milhares de exemplares vendidos em apenas 24 horas), não foi tão bem recebido assim pela crítica francesa. Gustave Flaubert e Charles Baudelaire foram duros com a obra “nem verdadeira, nem genial”, “sem graça e inepta”.
O romance que foi adaptado diversas vezes para teatro, cinema e televisão, ganhou uma belíssima adaptação cinematográfica do musical da Broadway, em 2012.
Não se deixem intimidar pelo tamanho desta emocionante história. Ler e chorar com “Os Miseráveis” é uma experiência única que todos devem ter.
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Mariana,
Adoro o site e o trabalho que você vem fazendo ns mídias sociais. Você é uma pessoa admirável, um exemplar de beleza externa e interna. Nós faz pensar que as vezes é possível ter tudo na vida!
Parabens!